Que é a festa do Corpo de Deus, também chamada de Corpus Christi? Por que a Igreja instituiu esta festa e a procissão do Santíssimo Sacramento? Que devem fazer os fiéis para celebrar bem esta belíssima festa? Veja as respostas que o Monsenhor Cauly dá a essas perguntas.
Que é a festa do Corpo de Deus?
É uma solenidade instituída em honra do santíssimo Sacramento. É marcada para a quinta-feira imediata ao domingo da santíssima Trindade.
Em todos os tempos, prestou-se um culto de adoração ao Sacramento augusto que encerra o corpo e sangue de Cristo, a sua natureza divina e humana. Nos escritos dos historiadores e doutores, em todas as práticas da Igreja Católica, nos monumentos das catacumbas, etc., esse culto vem revelado. Todavia, durante longos séculos, não houve festa particular da santíssima Eucaristia. Pensava-se que a celebração diária do sacrifício divino, honrava bastante o santíssimo Sacramento. Uma humilde filha da Bélgica, dos arredores de Liège, a bem-aventurada Juliana do Monte Cornilhão, para os fins do século XIII, tomou a iniciativa de homenagens mais importantes, e obteve, em 1246, a instituição de uma festa especial pelo bispo de Liège.
O papa Urbano IV aprovou, em 1264, essa solenidade para a Igreja inteira, e pediu, a Santo Tomás de Aquino, compusesse o magnífico ofício do santíssimo Sacramento. Em 1316, João XXII estabeleceu as procissões triunfais que rematam condignamente tão bela festa. Outros soberanos pontífices concederam indulgências preciosas aos ofícios e bênçãos que se dão durante a oitava em honra do santíssimo Sacramento.
Por que instituiu a Igreja a festa e procissão do santíssimo Sacramento?
1º Para fazer profissão pública de sua fé na Eucaristia. 2º Para mais solenes homenagens de reparação e expressão de nossa fé e de nosso amor.
1º Para fazer profissão pública de sua fé na Eucaristia. A presença real de Jesus Cristo no santíssimo Sacramento é um dos dogmas mais importantes na nossa sagrada religião. Ora, já no século XI, a heresia tinha atacado esse mistério; a piedade dos povos podia ficar abalada, e por outra parte, os séculos vindouros deviam presenciar as investidas mais furiosas do protestantismo contra nossos sublimes mistérios. À negação ou à indiferença, opõe a Igreja, nessas solenidades, homenagens mais respeitosas, adorações mais profundas.
2º Jesus Cristo, no santíssimo Sacramento, merece nossas adorações e nossa gratidão; acontece infelizmente muitas vezes esquecer-nos da sua presença, e procedermos para com ele como indiferentes e até como ingratos. Os ofícios e as procissões da festa do Corpo de Deus são homenagem de reparação, e, no mesmo tempo, a expressão mais solene de nossa fé, de nosso amor.
Que devem fazer os fieis para bem celebrar a festa do Corpo de Deus?
Os fieis devem: 1º contribuir à beleza das cerimônias, adornando os altares e ruas por onde passar o santíssimo; 2º assistir à missa e quanto possível às procissões com fé e recolhimento; 3º multiplicar os protestos de respeito e amor.
Os fieis devem: 1º contribuir à beleza das cerimônias, adornando os altares e ruas onde passar o santíssimo Sacramento. Nesses altares especiais, enfeitados com o maior apuro, coloca-se um instante a custódia, para o séquito, e cantam-se algumas estrofes em honra da divina Eucaristia; depois, o celebrante reza a oração e dá a bênção. É uma honra erguer a Nosso Senhor altares onde se dignará descansar, como também embelezar ruas e casas na passagem do Rei do céu.
2º Assistir à missa e quanto for possível às procissões e às bênçãos, com fé e recolhimento; pois a melhor homenagem que Nosso Senhor pode desejar é a presença de seus filhos, e a maior honra que cobiça, é a expressão de nossa fé e nossos sentimentos piedosos.
3º Multiplicar os nossos protestos de respeito e amor para com Nosso Senhor no santíssimo Sacramento; não é um espetáculo curioso apenas que presenciamos, não: é a majestade divina sob o véu do mistério que devemos adorar.
Monsenhor CAULY. Curso de Instrução Religiosa: Tomo I – Catecismo explicado: Dogma, Moral, Sacramentos, Culto. São Paulo: Livraria Francisco Alves, 1924, p.573-576.
Deturpar a verdade com mentiras e usar a ignorância das pessoas aproveitando-se da sua boa fé e dos seus bons sentimentos é comum ás religiões. Não sou devoto de nenhuma religião. Todas as religiões, ainda que possam ter alguns fundamentos de bondade, são conduzidas por homens e para homens, pelo que estão viciadas nos seus caminhos. Eu creio no Senhor Jesus Cristo. A minha “religião” é a Pessoa de Jesus Cristo. A palavra religião significa religar (re+ligare) e, de facto, apenas o Senhor Jesus Cristo re-ligou o que estava separado, isto é, o Homem com Deus (2 Timóteo 2:5,6). É por isso que a minha fé não se baseia nas tradições humanas ou em qualquer religião (seja ela católica, evangélica, ortodoxa ou outra), mas nas Palavras do Senhor Jesus Cristo, tais como se encontram exaradas na Bíblia Sagrada, a única regra de fé espiritual em que faço pautar toda a minha meditação e conduta de vida.
Sr. Alfredo,
“Deturpar a verdade com mentiras e usar a ignorância das pessoas aproveitando-se da sua boa fé e dos seus bons sentimentos” é comum às FALSAS religiões. Levando-se em consideração que a Igreja Católica é a ÚNICA guardiã das verdades reveladas por Deus, então pode-se concluir a resposta óbvia sobre as outras…
Se realmente o senhor levasse a sério as Sagradas Escrituras, saberia que a única e verdadeira religião é a Igreja Católica Apostólica Romana, pois foi ela a única fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo. Isto está na Bíblia que vocês, protestantes, idolatram, e pode ser conferido em Mateus 16, 18-19, onde Jesus diz a Pedro: “E eu te declaro: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus: Tudo o que ligares na terra, será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus” (Mt 16, 18-19). Se isto não bastar ao senhor, então jogue sua bíblia fora, até porque quem a compilou foi a Igreja Católica. Dizer seguir fielmente o que está na Bíblia tendo-a por “única regra de fé” rejeitando, contudo, aquilo que não lhe é conveniente é seguir à própria vontade, não à Palavra de Deus.
Que Deus o ilumine para que o senhor busque a verdade com sinceridade de coração, e a encontre.
“Cuidai que ninguém vos engane. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu. E seduzirão a muitos” (Mc 13, 5-6).
Olá Melissa, Salve Maria Santíssima!
A senhora poderia me esclarecer uma dúvida? A bem-aventurada Juliana do Monte Cornilhão teve a inspiração de instituir uma festa em honra ao Santíssimo Sacramento por “ela mesma”, por assim dizer, ou foi revelação divina, como uma aparição ou algo do tipo?
Agradeço desde já.
Fique com Deus!
Olá, Lídia!
Eu dei uma pesquisada rápida e parece-me que realmente a festa em honra ao Santíssimo Sacramento foi devido às revelações privadas que Santa Juliana teve. Vou ver se acho algo em um livro antigo que tenho.
Um abraço! Salve Maria Imaculada!