INTRODUÇÃO: A HORA DA ALEGRIA E DO TRIUNFO
Depois de uma vida que, como a de Jesus, seu Filho, foi toda ela uma cruz e um martírio; depois de tantas e tão profundas humilhações, também para Maria, como para Jesus, soou a hora da alegria e da glória. Chegada ao termo de seu exílio terreno, Ela foi glorificada, e de modo singularíssimo, na alma e no corpo. Foi levada aos céus em corpo e alma. Esta integral, extraordinária glorificação de Maria, nós a celebramos cada ano no dia 15 de agosto.
Mas em que sentido dizemos, antes de tudo, que a Virgem Santíssima foi levada aos céus? Teria sido transportada pelos anjos, como o imagina a fantasia popular e como se vê em tantas pinturas? Não! É verdade elementar que os corpos dos Santos, apenas ressuscitados e, portanto, apenas glorificados, se tornam, como diz São Paulo, espiritualizados, independentes das leis físicas e, portanto, podem com a celeridade do pensamento percorrer o universo em todas as direções, exatamente como os espíritos. A Virgem Santíssima, portanto, glorificada imediatamente ao termo de seu exílio terreno também quanto ao corpo, teve em si mesma a faculdade de subir ao céu, sem necessidade de ser transportada pelos anjos.
Tornado semelhante ao corpo de Jesus, o corpo de Maria era igualmente capaz de dirigir-se sozinho para o céu. A única diferença entre Jesus e Maria estava em que Jesus, como Deus-Homem, subiu ao céu por seu próprio poder, enquanto Maria, como simples criatura, subiu ao céu, não por um poder que brotasse naturalmente de sua pessoa, mas pelo poder de Deus, ou seja, por um dom a Ela concedido por Deus. Esta diferença, nós a exprimimos ao chamarmos a subida de Jesus Ascensão, enquanto à de Maria chamamos de Assunção.
Ora, que a Virgem Santíssima, ao termo de seu exílio terreno, tenha sido levada aos céus e que seu corpo, florescente de uma vida imortal, se encontre naquele reino feliz, é uma verdade de fé, definida solenemente pelo Santo Padre Pio XII a 1º de novembro de 1950.
1. A VOZ DA ESCRITURA
Comecemos pelas razões que provam o fato. Antes de tudo, a Assunção de Maria ao céu está compreendida implicitamente, em termos equivalentes, na Sagrada Escritura.
Está incluída implicitamente no Gênesis, nas palavras do Proto-Evangelho: “Porei inimizade entre ti e a mulher, etc.” (Gn 3,15) e no Novo Testamento, na saudação angélica: “Ave, gratia plena!” (Lc 1, 28).
1.1. O Proto-Evangelho
Nas palavras do Proto-Evangelho acha-se predita uma inimizade perpétua entre a serpente, a mulher e o filho da mulher, assim como o triunfo grandioso desse filho sobre a serpente, quer dizer, do Salvador sobre o demônio. E o triunfo predito foi obtido. O Filho de Deus, escreve São João em sua primeira carta, no capítulo III, veio para destruir a obra do diabo: o pecado, a concupiscência e a morte. Isto posto, se todos os homens estão destinados a tomar parte neste triunfo do Redentor, é muito claro que a mulher, de quem o Redentor será a descendência, deve ter com Ele, em seus triunfos, uma parte especialíssima. Nem o pecado, nem suas consequências, nem mesmo a morte, terão jamais domínio algum sobre Ela. Também sobre a morte, pois Ela deverá triunfar, ou evitando-a, ou, pelo menos, ressurgindo antecipadamente para a vida nova, sem esperar a ressurreição geral que se dará no fim dos tempos.
1.2. A saudação do Anjo
Este triunfo sobre a morte verificou-se na Virgem, porque esteve sempre cheia de graça e porque foi bendita entre todas as mulheres, conforme disse a saudação do Anjo; por isso, esteve isenta das misérias e da maldição que a culpa trouxe consigo, entre as quais está a morte e a consequente redução do corpo a pó. Além disso, a glória é proporcional à graça; por conseguinte, a uma “plenitude de graça” não podia deixar de corresponder uma “plenitude de glória”, ou seja, a plena glorificação do composto, alma e corpo.
1.3. Outros lugares escriturísticos
Alguns escolásticos quiseram ver uma referência à Assunção também nas seguintes passagens da Escritura: “Entra em teu palácio real, tu e a arca de tua santificação” (Sl 131, 8): a arca seria Maria. “Sentada à tua destra a rainha, em vestes de ouro” (Sl 44, 10): por aquelas vestes de ouro, pode-se compreender o corpo sacratíssimo de Maria. E, finalmente, a passagem do Apocalipse: “E um grande sinal apareceu no céu: uma mulher vestida de sol, com a lua sob os pés e a cabeça adornada com uma coroa de doze estrelas” (Apoc 12, 1). Com estas palavras, Maria, figura da Igreja, é apresentada como viva e triunfante no céu.
2. A VOZ DA TRADIÇÃO
2.1. Nos cinco primeiros séculos
Outra prova da Assunção corpórea de Maria se deve deduzir da Tradição.
a) Testemunhos implícitos. Essa tradição foi ininterrupta na Igreja e, portanto, se pode dizer que tem uma origem apostólica.
Nos quatro primeiros séculos da Igreja, essa verdade era professada só implicitamente, como compreendida em outras verdades professadas a respeito da Virgem, das quais brotou, em seguida, naturalmente e das quais era um elemento integrante. “Como aqueles rios de águas frescas”, observa Campana[1], “saudáveis e fecundantes, que correm, primeiro, sob um longo trecho do solo e, depois, surgem de súbito à luz do sol com toda a impetuosidade e de sua abundante corrente, assim a crença na Assunção de Maria se encontra na Igreja primitiva, mas só em estado latente, envolvida e como sepultada sob o manto de outras ideias; progredia com desenvolvimento das outras ideias e a consequência lógica desse processo era que se abrisse o invólucro e deixasse ver a nova ideia em um estado de formação já completa”.
Os Padres dos primeiros séculos, excetuando-se Timóteo de Jerusalém, não nos oferecem nenhum testemunho certo e explícito da Assunção. Mas, se não há testemunhos certos e explícitos, há testemunhos implícitos se não existisse nenhuma negação, que nos autorize ou faça suspeitar que os antigos representantes da Tradição cristã tenham sido contrários ao fato da Assunção. Este seu silêncio pode ser tomado como argumento favorável, como aprovado, ou, ao menos, não reprovando a crença universal, já radicada nesses primeiros séculos no ânimo dos fiéis.
b) Os apócrifos e seu valor. Com efeito, a literatura do povo fiel daqueles dias longínquos afirmava de modo mais explícito a Assunção corpórea de Maria. Os escritos apócrifos, tão numerosos e difundidos tão largamente em todas as línguas orientais, relatam com abundância de pormenores a Assunção de Maria. Em seu conteúdo, não se pode negar que haja muita lenda, mas a narração, em sua substância, no substrato, tem um verdadeiro valor histórico, apto, pelo menos, para dar-nos a conhecer o pensamento e as crenças dos cristãos daqueles tempos. Em caso diverso, não se explicaria a veneração em que foram tidos por muito tempo e a história nos teria transmitido pelo menos alguns protestos de personagens de responsabilidade contra eles. É o caso, portanto, de repetir: quem cala consente.
c) A festa a Assunção. Outro argumento que prova o fato da Assunção é a festa instituída no século IV para celebrar esse mistério. Esta aparece como de uso universal e comum, não somente entre os católicos, mas também entre seitas dissidentes ou antiquíssimas igrejas nacionais, como a dos armênios e dos etíopes.
d) Os motivos do relativo silêncio. O silêncio relativo dos quatro primeiros séculos não nos deve causar admiração, tantas eram suas razões. Entre estas, as principais foram: o cuidado dos Padres em defender do ataque dos infiéis a natureza divina e os atributos de Nosso Senhor Jesus Cristo, o perigo da idolatria, que durou em algumas partes da Itália até fins do século VI, o perigo de dar-se pasto à propagação da heresia dos Gnósticos ou Docetas, que sustentavam que Jesus Cristo tinha um corpo fantástico, aéreo. A esses motivos, junte-se a disciplina do arcano, que durou até o fim do século VI. Portanto, tinha razão Santo André de Creta (675) ao dizer que a Igreja não julgou bom divulgar a Assunção “porque aqueles tempos não permitiam a explicação de tais coisas”.
2.2. Do século V em diante
a) Testemunhos explícitos. Pelo fim do século V, a Assunção de Maria se encontrava já afirmada em vários documentos explicitamente. São Gregório de Tours (596) afirma explicitamente no livro De gloria Martyrum, c. IV. Logo depois do fim do século VI, a festa da Assunção já havia tomado um lugar solene no calendário de muitas igrejas. Em seguida, o século VII nos mostra a doutrina e a festa da Assunção a se difundirem por todo o orbe católico. Do sétimo século até nossos dias, tivemos, por assim dizer, a marcha triunfal, cada vez mais acentuada, da ideia da Assunção. Mais de 200 Bispos apresentaram ao Concílio do Vaticano uma petição para o fim de obter-se uma solene definição. Em seguida, as petições dos Bispos e dos fiéis se foram tornando cada vez mais numerosas e hoje, afinal, essa verdade é um dogma de fé.
b) Um indício eloquentíssimo. Finalmente, um indício eloquentíssimo da Assunção corpórea de Maria é o fato de que em nenhum lugar da terra nos é dado achar seu corpo ou mesmo uma parte só do mesmo. Mostra-se seu sepulcro em Jerusalém; outros pretendem que ele esteja em Éfeso; em todo caso, trata-se sempre de um sepulcro vazio. Nenhuma igreja, seja do Oriente, seja do Ocidente, jamais se jactou de possuir o corpo de Maria ou parte do mesmo. No entanto, todos sabem quanto os fiéis teriam ambicionado possuir esse corpo ou alguma parte desse corpo, do qual tomou sua carne o Verbo de Deus.
Na hipótese, portanto, de que esse corpo, de que Deus tomou sua carne, não se ache glorioso no céu, teria de jazer pulverizado, abandonado, ignorado Deus sabe em que canto oculto da terra. Mas seria isto possível? O senso cristão se rebela contra esta hipótese e tanto mais se rebela quanto bem sabe o cuidado com que Deus conserva as relíquias dos Santos, tendo mesmo perado milagres extraordinários para não as deixar desprezadas, sem glória e sem honras. Esta reflexão nos leva a concluirmos que Maria não tem seu corpo na terra. Se não o tem na terra, deve tê-lo no céu.
Assentado o fato da Assunção, passemos a ver sua conveniência.
3. A VOZ DA RAZÃO
Esse triunfo singular era requerido pela glória plena de Cristo, de Maria e do céu.
3.1. A plena glória de Cristo
Em primeiro lugar, exigia este triunfo a plena glória de Cristo, ou seja, sua honra e seu amor por sua Mãe; honra e amor filial que ficariam seriamente comprometidos se Ele, podendo subtrair sua Mãe à humilhação da corrupção do corpo, não o tivesse feito. A integridade virginal, que Ele não ousara destruir para nascer, seria deixada, porventura, entregue aos vermes vorazes do sepulcro?
Exigia-o o amor que Ele sempre nutrira por Aquela que o havia revestido de carne humana. Com efeito, o amor é unitivo e, por isso, Jesus não podia consentir em que, enquanto a alma de sua Mãe lhe era unida na glória do céu, o corpo (requerido para a constituição da pessoa) ficasse longe dEle nas trevas do sepulcro. Oh! se um filho, diante do frio e inerte cadáver da própria Mãe pudesse repetir aquelas grandes palavras: “Levanta-te e anda!”, acreditais que não as repetiria? Ora, Jesus podia repetir aquelas palavras, porque era onipotente e, portanto, devia sem dúvida repeti-las; tanto mais que, como observa Pedro Blesense, devia parecer a Cristo que não teria subido todo ao céu até que tivesse atraído a si Aquela de cuja carne havia tomado sua própria carne (PL. 207, 662). Com efeito, Maria, segundo a ousada expressão de um príncipe da oratória sagrada, é como um Jesus Cristo em esboço. Depois da Ascensão de Jesus, Ela teria ficado aqui embaixo como um resto, um resíduo de Jesus.
3.2. A plena glória de Maria
Exigia esse triunfo, em segundo lugar, a plena glória de Maria, ou seja, os múltiplos nexos que ligavam a Virgem Santíssima a Cristo. Com efeito, a Virgem Santíssima foi sempre e em tudo semelhante a Cristo; foi, diria o divino Poeta, “a face que a Cristo mais se assemelha”. Os mistérios da vida de Maria se harmonizam maravilhosamente com os mistérios da vida de Cristo. A cada mistério da vida de Cristo corresponde sempre um mistério análogo da vida de Maria. Ao mistério, portanto, da gloriosa Ressurreição de Cristo devia corresponder o mistério da ressurreição gloriosa de Maria. À gloriosa Ascensão de Cristo devia corresponder a gloriosa Assunção de Maria. Dois destinos tão maravilhosamente unidos desde sua origem e durante todo seu curso seriam, porventura, separados em seu termo?
Além disso, dada a identidade originária da carne de Cristo com a de Maria, era mais do que conveniente que também a carne de Maria não tivesse, como não teve a de Cristo, de conhecer a corrupção da sepultura. Ligada de modo tão íntimo e indissolúvel Àquele que é a vida: “Ego sum vita”, como era possível que aquela carne bendita fosse presa da morte?
3.3. A plena glória do céu
Em terceiro lugar, exigia esse glorioso triunfo a plena glória do céu, o qual não podia ficar por muito tempo sem sua doce Rainha. Cantou egregiamente um delicado poeta moderno: “Tinham necessidade de teus cantos os céus – ó boca santa, pura e bela – que Jesus beijou; se tu não cantasses, pareceria menos belo o canto dos céus. Tinham necessidade de teu riso os céus – ó boca santa, pura e bela – que Jesus beijou: Abril sem flores não é abril, nem seriam céu os céus sem ti” (Fábio Gualdo).
Com razão, portanto, a Igreja canta exultante: “Assumpta est Maria in caelum: gaudent Angeli, collaudantes benedicunt Dominum”.
Ao ingresso triunfal de Maria nos céus, em corpo e alma, seguiu-se logo, no meio da mais jubilosa exultação de todo aquele reino bem-aventurado, sua coroação como Rainha do universo. Os coros dos Anjos, o colégio dos Apóstolos, o exército dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, saíram a seu encontro, agitando suas palmas e exclamando: “Salve, ó Rainha!” – “Tu és a glória da Jerusalém celeste, a alegria de Israel, a honra do gênero humano!” E Ela passa em voo de coro a coro, de luz a luz, até o centro de toda luz, de toda beleza, de toda majestade, até “o ponto que resplandece sem véus” – Deus.
Que dizer, pois, do amplexo inefável com que recebem as Três Pessoas Divinas Aquela que era unida por liames tão íntimos e singulares a cada uma delas? Quem glorificara de modo tão singular as três Pessoas divinas, é então glorificada por elas de modo extraordinário.
Que dizer da exultação de toda a corte celeste, quando o Eterno Pai a fez sentar-se à destra do Filho e lhe pôs sobre a cabeça a coroa de Rainha do céu e da terra? Ei-la elevada acima de todos. O ponto mais alto da Igreja triunfante corresponde ao ponto mais baixo da glória de Maria. A todos os olhos, Ela aparecia como a mulher vestida de sol, com a cabeça cercada por uma coroa de doze estrelas. Por todo o Paraíso ecoa seu nome dulcíssimo. “Assim”, repetirei com o divino Poeta, “a melodia ondeante se rematava – e todos os outros fulgores – faziam soar o nome de Maria” (Paraíso, 23, 96-98).
CONCLUSÃO
Gaudeamus omnes in Domino! Exultemos todos no Senhor, ao revocarmos o grande mistério da Assunção de Maria… “Gaudeamus omnes in Domino” É o convite que nos dirige a Igreja na liturgia da Assunção. Gaudeamus! Exultemos, pois a glória e o júbilo da Mãe, da Rainha, é também glória e alegria dos filhos e dos servos. Gaudeamus! Exultemos, pois a Virgem Santíssima, como um dia seu Filho, subiu em corpo e alma ao céu para preparar um lugar também para nós: a Mãe, com efeito, não pode ficar sem seus filhos, a Rainha não pode ficar sem os servos. Também a nossa alma, depois de ter estado separada, se unirá um dia ao corpo… A Senhora da Assunção nos espera!
Gaudeamus! Exultemos! Pois, se a terra perdeu sua flor mais bela, obteve no céu sua mais poderosa Padroeira, aquela Onipotência Suplicante nos braços da qual todos podemos encontrar o refúgio mais seguro na vida e na morte. De suas mãos correm perenes rios de graças, tirados das Chagas de Cristo. Ela nos ajudará a passarmos por este mundo sem sermos do mundo, a passarmos por entre o pó da terra sem ficarmos empoeirados, a atravessarmos entre os ataques movidos pelo demônio e pela carne sem sairmos feridos. Ela nos protegerá até aquele momento supremo em que todos, Mãe e filhos, Rainha e servos, trocaremos mutualmente, em uma alegria inexprimível, um sorriso sem fim.
[1] Maria nel Dogma, P. II, q. V.
ROSCHINI, G. Instruções Marianas. Tradução de José Vicente. São Paulo: Edições Paulinas, 1960, p.219-226.
“a face que a Cristo mais se assemelha”.
Quem é Maria?
Maria é a obra-prima da criação,o termo da criação divina,o ápice da criação de Deus.Deus não poderia criar alguém mais perfeito do que Nossa Senhora,porque Ele quis em Maria esgotar-se a Si mesmo como Criador.Isto soa como um paradoxo,mas é uma realidade que o Próprio Deus delimitou e quem somos nós para questionarmos a Deus em seus desígnios inefáveis.Tudo o que Deus poderia conceder a uma sua criatura Ele,na sua loucura de amor,presenteou a Maria.Se Deus pudesse fazê-la Deusa,pode ter certeza,Ele não hesitaria,porém a Divinização de Maria esbarrou na única coisa impossível para Ele,visto que um dos seus mais essenciais atributos diz respeito à Sempiternidade,isto é,Deus sempre existiu e portanto como Deus não teve e nem poderia ter um começo.Nesse ponto se demarca,em absoluto,a fronteira intransponível entre Criador e criaturas.A Santíssima Virgem,apesar de possuir,graças a Deus,todas as outras grandezas divinas de forma circunstancializada, e não difusa e instantânea,teve um começo.Todavia,em Maria,a humanidade foi colocada numa condição tão privilegiada que podemos dizer com o salmista:Que é o homem para dele assim Te ocupares?Portanto,Bendita,Louvada,Glorificada e Excelsa é a Santíssima e Imaculada Virgem Maria.