“Todas as honras que foram tributadas a Deus, e lhe serão ainda tributadas por todas as criaturas, sem excetuar a divina Mãe, nunca poderão igualar a honra que lhe é dado por uma única Missa, porquanto nesta é sacrificada a Deus uma vítima de valor infinito, que lhe dá uma honra infinita.” Veja o que mais Santo Afonso fala nesta meditação.
Laudate eum secundum multitudinem magnitudinis eius ― «Louvai (a Deus) segundo a multidão da sua grandeza» (Sl 150, 2).
Sumário. Todas as honras que foram tributadas a Deus, e lhe serão ainda tributadas por todas as criaturas, sem excetuar a divina Mãe, nunca poderão igualar a honra que lhe é dado por uma única Missa, porquanto nesta é sacrificada a Deus uma vítima de valor infinito, que lhe dá uma honra infinita. Que honra, pois, para nós, que se nos permite assistirmos cada dia e até mais de uma vez a este divino sacrifício! Ouçamos quantas Missas possamos, particularmente neste tempo do carnaval, para desagravar o Senhor dos ultrajes que recebe.
I. Nunca um sacerdote celebrará a santa Missa com a necessária devoção, nem nunca o cristão lhe assistirá com o devido respeito, se não tiverem de tamanho sacrifício a estimação que merece. «É certo», diz o Concílio de Trento, «que o homem não faz ação mais sublime e mais santa do que a celebração da Missa»[1]; mais, Deus mesmo não pode fazer que se cometa no mundo ação mais sublime do que esta. ― A Missa não é somente uma recordação do sacrifício da Cruz, senão o mesmo sacrifício, porque em ambos o oferente é o mesmo, a mesma é a vítima, a saber: o Verbo incarnado. A diferença está unicamente no modo de se oferecer; porquanto o sacrifício da Cruz foi feito com derramamento de sangue, e o sacrifício da Missa é incruento. No primeiro Jesus Cristo morreu verdadeiramente, no segundo morre de morte mística.
Por isso todos os sacrifícios antigos, apesar da grande glória que deram a Deus, não foram senão uma sombra e figura de nosso sacrifício do altar. Todas as honras que jamais têm dado e darão a Deus os anjos com os seus louvores, os homens com as suas boas obras, penitências e martírios, e mesmo a divina Mãe com a prática das mais sublimes virtudes, nunca chegaram nem poderão chegar a glorificar o Senhor tanto como uma só Missa. A razão é que todas as honras das criaturas são honras finitas, mas a glória que Deus recebe no sacrifício do altar, no qual se lhe oferece uma vítima de valor infinito, é uma glória igualmente infinita. ― Numa palavra, a Missa é uma ação pela qual se tributa a Deus a maior honra que lhe pode ser tributada. Pela Missa cumprimos o nosso dever primário, sublime e essencial, o de louvarmos a Deus segundo a sua grandeza: Laudate eum secundum multitudinem magnitudinis eius.
II. Se tu, que fazes a presente meditação, tens a grande dita de ser padre, emprega toda a diligência para celebrar este divino sacrifício com a maior pureza e devoção possíveis. Lembra-te de que a maldição fulminada contra aqueles que exercem as funções sagradas negligentemente, diz exatamente respeito aos sacerdotes que celebram a Missa de modo irreverente: Maledictus homo, qui facit opus Domini fraudulenter (Jer 48, 10) ― «Maldito o que faz a obra de Deus com negligência».
Se não és padre, esforça-te por ouvir ao menos cada dia devotamente a Missa, mesmo à custa de algum incômodo; especialmente nestes dias de carnaval, para desagravar Jesus dos ultrajes que lhe são feitos. ― Santa Margarida de Cortona desejava ter para amar e louvar a Deus tantos corações e tantas línguas, quantas são as estrelas do céu, as folhas das árvores, as gotas de água no mar. Mas o Senhor dignou-se dizer-lhe: «Consola-te; se ouvires devotamente uma única Missa, tributar-me-ás toda a glória que possas desejar, e infinitamente mais».
Meu Deus, adoro a vossa majestade e grandeza infinita; comprazo-me com as vossas infinitas perfeições e quisera honrar-Vos tanto quanto mereceis. Que honra Vos posso tributar eu, miserável pecador digno de mil infernos? † «Eterno Pai, ofereço-Vos o sacrifício que o vosso dileto Filho fez de si mesmo sobre a cruz, e agora renova sobre o altar. Eu Vo-lo ofereço em nome de todas as criaturas em união com as Missas que já foram celebradas e ainda serão celebradas em todo o mundo, para Vos adorar e louvar como mereceis; para agradecer os vossos inúmeros benefícios; para aplacar a vossa ira, excitada por tantos pecados nossos; e dar-Vos uma satisfação digna, para Vos suplicar por mim, pelo mundo universo e pelas almas do purgatório»[2]. ― Ó Maria, minha Mãe, em vós repousou o Deus que se sacrifica sobre os nosso saltares, ajudai-me a ouvir sempre (e celebrar) a Missa com a devida devoção. (*III 832.)
[1] Sess. 22, Decr. De observ. In celebr. Missae.
[2] Indulgência de 3 anos uma vez por dia. S. Afonso, Meditações. I.
Santo Afonso Maria de Ligório. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo Primeiro: Desde o primeiro Domingo do Advento até Semana Santa inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 254-257.
como não consigo enviar pelo emeil.
sabe conhecir a biografia da santa margarida no dia dela, ném sabia que existiu essa grande mulher com tamanha fé, oxalá se consigamos ser como essa mulher que se converteu. Eu acordei no dia 22 procurando saber que santa ou santa que celebram o nascimento, é ao encontra no sait da diocese onde atuo, encontrei lá , dia de santa mararida de cortona. santa da penitÊcia.