Neste artigo, eu falo um pouco sobre a aparição de Nossa Senhora em Guadalupe ao índio Juan Diego e sobre a sua milagrosa imagem, estampada numa tilma. Confira!
Hoje comemoramos a Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América Latina! Vale a pena conhecer a história desta aparição, tão cheia de milagres e prodígios, que contestam até mesmo a ciência! Por exemplo: a tilma, que era uma espécie de manto feito confeccionado a partir das fibras de uma espécie de cacto, onde a imagem foi impressa, existe há mais de 450 anos, encontrando-se totalmente preservada, em seu tecido e cores, apesar de ter permanecido durante muito tempo em ambiente nada propício (úmido, com fumaça de incenso e velas que ardiam debaixo dela etc.) para um tecido tão frágil. É importante saber que o material de que foi feito a tilma se decompõe totalmente em cerca de 20 anos. Portanto, o fato de ela estar inteira por mais de 450 anos, sem apresentar qualquer sinal de deterioração, é um milagre, literalmente!
Através dos séculos a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe estampada na tilma de Juan Diego foi submetida a vários exames e estudos detalhados, por pessoas gabaritadas, experientes na arte, e também por cientistas. E para espanto, surpresa e alegria de muitos, “todas as investigações, microscopias, exames por raios infravermelhos ou por ampliações fotográficas computadorizadas comprovaram sua origem sobrenatural.”[1] Através dos estudos, os cientistas puderam constatar que “o material utilizado para produzir o que pareciam cores era desconhecido pela ciência, já que não era tintas animais, nem vegetais, nem minerais”.[2] Outro fato espantoso é que as pupilas da Virgem refletem luz, coisa que não acontece com nenhuma pintura plana. Dr. Lavoignet, o médico que fez este exame com a ajuda de um oftalmoscópio, disse que “esse reflexo é impossível de se obter em uma superfície plana e, menos ainda, se é opaca como neste retrato.”[3] Existem muitos outros atributos inexplicáveis pela ciência na sagrada imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. De qualquer forma, os resultados de um dos professores que fez análises da sagrada imagem de Guadalupe, o Professor Callahan, resumem-se no seguinte[4]:
A pintura que data de 1531 não pode ser explicada cientificamente.
É inexplicável a claridade de suas cores e a preservação de seu brilho no passar dos séculos. Definitivamente, não está presente na sagrada imagem qualquer esboço anterior, pasta ou verniz protetor. Sem a pasta, a tilma teria se deteriorado há vários séculos; sem o verniz protetor, a pintura teria se arruinado há muito tempo devido a sua prolongada exposição à fumaça das velas e a outros fatores de contaminação, como já referimos anteriormente. Em uma enorme ampliação, a imagem não mostra sinais detectáveis de gretas e de palidez de cores, “um fato inexplicável depois de 450 anos de existência”. Lupas poderosas também revelaram outro fato surpreendente, o de que o tecido rudimentar da tilma foi utilizado deliberadamente de maneira precisa, para oferecer dimensão ao rosto da imagem. “Parecerá estranho que um cientista diga isto”, concluiu o Professor Callahan, “no que me diz respeito, porém, a pintura original é milagrosa”.
Quem quiser saber mais sobre as aparições de Guadalupe, eu indico o livro “O Milagre de Guadalupe”, de Francis Johnston. Ele tem todo o contexto histórico das aparições, explicações da época, dos costumes do povo de Juan Diego, é um livro de tamanho médio (cerca de 170 páginas), cheio de informações! Recomendo a leitura!
E para meditar, especialmente devido a todas as circunstância que nós, cristãos, estamos vivendo, principalmente nestes tempos em que nossa sociedade renega a Deus de todos os modos, coloco aqui uma parte do livro[5] que me chamou a atenção:
Existe um surpreendente paralelo entre nossa época e a da civilização asteca imediatamente antes das aparições de 1531. Antes, como agora, a sociedade está dominada pelo ateísmo, pelos excessos pagãos e pela imoralidade. Inumeráveis vítimas inocentes são sacrificadas vivas nos altares do aborto. Divindades falsas são abundantes em todos os lados. A poligamia e a depravação astecas rivalizavam com o colapso moral, universal, de agora. Parece inevitável e iminente um confronto decisivo, como o que ocorreu em 1531.
Entretanto, nem tudo está perdido. A hora obscura desaparecerá inevitavelmente com o radiante amanhecer do triunfo de Nossa Senhora sobre a serpente. Uma pequena minoria cumpre a mensagem crucial de Fátima, de 1917, e através da oração persistente e de sacrifícios pessoais – como o das vigílias de reparação, todas as noites – esforça-se por remediar a terrível desproporção criada por tanta maldade.
Como em 1531, quando só um punhado de clérigos rezavam pela salvação, podemos confiar que, se os poucos piedosos de agora perseveram e suas fileiras se multiplicam, Nossa Senhora interferirá novamente e esmagará os poderes da escuridão com o brilho de sua presença.
Por fim, o Imaculado Coração de Maria Santíssima triunfará, portanto, não desanimemos! Tenhamos gravadas, em nossos corações, as seguintes palavras da própria Mãe do Céu[6]:
Meu querido filho, escuta e permite que minhas palavras invadam teu coração. Não fiques preocupado e nem te angusties com sofrimentos. Não temas nenhuma enfermidade ou moléstia, ansiedade ou dor. Não estou aqui, eu que sou tua mãe? Não estás debaixo de minha sombra e proteção? Não sou eu a fonte de tua vida? Não estás entre as dobras de meu manto? Sob o abrigo de meus braços? Há mais alguma coisa de que possas necessitar? (Palavras da Virgem, ditas a Juan Diego em 9 e 12 de dezembro de 1531, em Guadalupe, México).
Ó bela Mãe, que com tanto amor nos cuida! E ainda somos tão ingratos. Embora Nossa Senhora tenha dito essas palavras a Juan Diego, nós podemos aplicá-las a nós mesmos também. Constantemente, em nossa fragilidade humana, nos preocupamos, nos desesperamos, nos angustiamos, sofremos, achamos que nada tem solução, que às vezes tudo está perdido. No âmago da nossa confusão, esquecemos que temos uma Mãe que cuida de nós e que nunca nos abandona, que sempre está do nosso lado, apesar das nossas dúvidas e inquietações, apesar da nossa falta de confiança nEla e em Deus, nosso Senhor. Rezemos muito, especialmente o santo Rosário, e jamais desanimemos! Confiemos nAquela que é a destruidora das heresias e do demônio, nAquela que é nossa Bondosa guia, refúgio dos pecadores, Nossa Senhora da misericórdia!
Que Nossa Senhora de Guadalupe abençoe a América Latina, e particularmente o Brasil, e nos livre da maldição do aborto, das falsas ideologias, de tudo aquilo que surrupeia a inocência das crianças e de tudo aquilo que vai contra a família cristã, em sua estrutura e essência!
Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!!
[1] JOHNSTON, Francis. O Milagre de Guadalupe. 5ª Edição, Aparecida: Editora Santuário, 2005, p.147.
[2] Ibidem, p.148.
[3] Ibidem, p.150.
[4] Ibidem, p.158-159.
[5] Ibidem, p.163.
[6] Ibidem, p.49.