[Resenha] O Catecismo dos Pequeninos

Você quer começar a catequese com seu filho e não sabe que livro usar? O Catecismo dos Pequeninos, do Pe. Emmanuel André, é um livro pequeno, de fácil assimilação, e vem prontinho para aplicar nas crianças pequenas. Confira a resenha!

O livro O Catecismo dos Pequeninos foi escrito pelo Padre Emmanuel André[1]. É um livro muito didático, simples, e 100% confiável em termos de doutrina católica. Foi editado no ano de 2016, pela Cultor de Livros.

Esse livro é destinado a ensinar a Fé católica para crianças pequenas, a partir de quando “começam a falar”, como o próprio autor o diz.

Desde o primeiro ano de nascimento, é preciso que a criança ouça pronunciar-se o nome do bom Deus, […]. Quando ela souber dizer papai, mamãe, se lhe fará dizer essas palavras: O bom Deus, ou Nosso Senhor, juntando suas mãozinhas. Esta será sua primeira parte. [2]

Logo que a criança tiver começado a falar, a mãe cristã a fará pronunciar os santos nomes de Jesus e de Maria.[3]

O Catecismo dos Pequeninos tem 83 páginas e é dividido em 11 capítulos. São eles:

1. O sinal da cruz
2. Jesus e Maria
3. O mistério da Santíssima Trindade
4. Jesus no mistério da Santíssima Trindade
5. O mistério da Encarnação
6. A vida de Jesus
7. O mistério da Redenção
8. Os anjos: Anjos bons e maus
9. Os anjos: o anjo da guarda
10. A Criação: Adão e Eva
11. O pecado e a Redenção

Em cada capítulo, Pe. Emmanuel dá um pequeno texto, que na realidade é para a mãe, para que ela leia e se prepare para explicar o conteúdo ao filho. O autor fala numa linguagem muito simples e bastante direta, explicando até mesmo o que não se deve fazer para que a criança não assimile o conteúdo de forma errada.

Ao final de cada capítulo, o autor apresenta um questionário que deverá ser aplicado pela mãe à criança. São perguntas e respostas bastante simples e curtas. O livro também é ilustrado, o que é ótimo para criancinhas, que são muito curiosas e amam ver figuras!

Algo que achei muito bonitinho é que o Pe. Emmanuel instrui a mãe a se tornar criança com seu filho para que ele aprenda o catecismo.

Assim como ela lhe ensinou a dizer “Meu Deus”, juntando suas mãozinhas, da mesma maneira lhe ensinará a dizer “Jesus”. A criancinha juntará as mãos, dirá “Jesus” e fará uma inclinação com a cabeça. Aprenderá esse exercício vendo sua mãe fazê-lo. A mãe se tornará criança com seu filho e fará piedosamente (nunca rindo) o que quer que ele aprenda a fazer piedosamente.

Outra coisa que eu achei muito boa é a forma como o Pe. Emmanuel instrui a mãe na procura das imagens, para explicar sobre Jesus e Maria ao filho. Não deve ser qualquer imagem. Diz ele:

Estamos nos referindo a imagens verdadeiramente dignas desse nome, gravuras verdadeiramente artísticas, reproduções das pinturas dos mestres inspirados pela fé. […].[4]

[…]. Queremos que sejam belas, perfeitamente belas. É preciso afastar dos olhares da criança essas monstruosidades baratas que são perfeitamente indignas de verem a luz do dia. Longe de atrair, uma imagem feia causa repugnância; longe de falar ao espírito, ela desgosta a imaginação; longe de servir para esclarecer o pensamento, ela empurra a alma para as sensações animais. Os olhos de um cristão são chamados a ver um dia as mais sublimes belezas do Céu; tudo o que não é verdadeiramente belo é indigno de ser apresentado aos seus olhos, mesmo sobre a terra.[5]

Ele até diz que se não houver imagens dignas, que a mãe deve apenas usar unicamente o recurso do seu coração, da sua voz e do seu olhar…(!)

Ao longo dos capítulos o Pe. Emmanuel vai orientando como a mãe deve conduzir o ensino das verdades de Fé à criança. Para alguns assuntos, ele diz que algumas crianças precisam mais de tempo para terem a devida compreensão, e dá alguns indicativos para as mães reconhecerem quando devem avançar os tópicos com os filhos. O autor também recomenda a repetição daquilo que foi abordado anteriormente, para que a criança fixe bem o que já foi ensinado em seu coraçãozinho, de forma natural e sem pressa.

“Deixai vir a mim os pequeninos” (Mt 19, 14), diz o Senhor. Agrada a Deus que as crianças estejam sempre próximas Dele, com sua piedade terna e confiada. O Catecismo dos Pequeninos é uma ajuda aos pais que queiram transmitir a Fé — maior Bem que podem dar a seus filhos — de forma singela e sólida, para fazer de suas próprias famílias um lar de Nazaré.[6]

Eu gostei bastante do livrinho, ele é ótimo. Vale a pena a aquisição para quem quer catequizar os filhos em casa.

Salve Maria Imaculada!!

Nota: este post NÃO É um publieditorial.

---

[1] Padre Emmanuel André, sob o nome de Ernest André, nasceu em 1826, em Bagneux-La-Fosse (Aube), na França, passando a infância em Riceys. Foi ordenado sacerdote em 22 de dezembro de 1849 e nomeado vigário de Mesnil Saint-Loup, uma pequena paróquia pobre em Champagne Crayeuse. Esta terra árida será surpreendentemente fértil por sua ação pastoral. Em 5 de julho de 1852, o padre André obteve do Papa Pio IX a instituição de uma festa anual em sua paróquia, sob o nome de “Nossa Senhora da Santa Esperança”. Com base nessa devoção mariana, mas também em uma preocupação de educar (ensinar o latim, treinar na liturgia, a Bíblia, as riquezas do Oriente cristão) o zelo apostólico do sacerdote de Mesnil gradualmente obtém a transformação da sua paróquia, não sem lutas e resistências, no entanto. Tinha propósito de abraçar a vida monástica, conseguindo alcançá-lo em 30 de novembro de 1864, quando recebeu o hábito beneditino e seu nome religioso, Emmanuel. Em 1872 nasce o pequeno mosteiro de Nossa Senhora da Santa Esperança, cujo qual entrou na linhagem de São Bento apenas 14 anos depois, em 1886. Faleceu em 31 de março de 1903. (Vie du Père Emmanuel. Disponível em <http://www.monastere-mesnil.fr/page.html>. Acesso em 14/03/2018. Adaptação e tradução nossa.)

[2] ANDRÉ, Pe. Emmanuel. O Catecismo dos Pequeninos. São Paulo: Cultor de Livros, 2016, p.10-11.

[3] Ibidem, p.13.

[4] Ibidem, p.14.

[5] Ibidem, p. 15-16.

[6] Ibidem. Contra-capa.